Eu não quero interpretar nada Nenhum gesto, nenhuma palavra Sentimentos ou ressentimentos Numa conversa cantada Não procuro um jeito de acertar ou encaixar nada O que não cabe em mim agora tenho que aceitar O que eu não quero eu não posso De repente inventar Como se fosse possível Desfazer as palavras em amor Não quero consertar a lâmpada queimada que queimou Ou reviver a ilíada de uma odisseia que acabou O gosto salgado do mar No meio do lixo do caos do barulho As cores tão fortes das frutas na feira Entre folhas e verduras A graça da luz da manhã Entre o som e a fúria da praça da paz Estou assustada, mas não há mais mágoa Não magoa mais Ódio no meu coração Eu não quero que entre e me acolha Amarga é a vida que não perdoa Sentimentos ou ressentimentos Nada que o tempo não encontre a cura Nada que o tempo não encontre a cura Nada que o tempo não encontre a cura Encontre a cura ♪ O que eu não quero, eu não posso De repente inventar...