De repente, fez-se o dia Palma branca da palmeira Balançando ao vento leve Sombreando o rosto dela Minha linda namorada Namorando a alvorada Sino bate na capela Na ruela, a meninada E nas faces já se estampam Tanta graça, nova vida E nas moças da passagem Belo moço sem coragem Já no fim na ribanceira Suja a praia a areia morna Que a torna qual uma renda Minha terra tão faceira Abraçada, distraída À mais alta das palmeiras Vejo minha namorada Me esperando regressar E seus olhos rasos vagos Nos afagos de uma brisa Seus cabelos me parecem Leves, soltos, me acenar Barco ancorando a areia Me largando à terra firme Ela corre ao meu encontro Pra o abraço da saudade Suas lágrimas serenas Que, tão logo, chegam as minhas Sim, inteiras, dizem tanto Do amor guardado enquanto Nas manhãs e noites frias A distância doeu tanto Doeu tanto Doeu tanto Doeu tanto Doeu tanto