Um dia eu senti um desejo profundo De me aventurar nesse mundo Pra ver aonde o mundo vai dar Sair do meu canto na beira do rio E fui pro convés de um navio Seguindo pros rumos do mar Pisei muito porto de língua estrangeira Amei muita moça solteira Fiz muita cantiga por lá Varei cordilheira, geleira e deserto O mundo pra mim ficou perto E a terra parou de rodar O tempo foi dando uma coisa em meu peito Um aperto difícil da gente explicar Saudade nem sei bem de que Tristeza não sei bem porque Vontade até sem querer de chorar Angústia de não se entender Um tédio que a gente não crer Anseio de tudo esquecer e voltar, ôh (Ieradá, iêee, ieradá, iêee...) Juntei os meu troços num saco de pano E telegrafei pra meu mano dizendo que ia chegar Agora aprendi porque o mundo dá volta Quanto mais a gente se solta mais fica no mesmo lugar O tempo foi dando uma coisa em meu peito Um aperto difícil da gente explicar Saudade não sei bem de que Tristeza não sei bem porque Vontade até sem querer de chorar Angústia de não se entender Um tédio que a gente não crer Anseio de tudo esquecer e voltar, ôh Agora aprendi porque o mundo dá volta Quanto mais a gente se solta mais fica no mesmo lugar (Ieradá, iêee, ieradá, iêee...).