A solidão é meu cigarro Não sei de nada e não sou de ninguém Eu entro no meu carro e corro Corro demais só pra te ver, meu bem Um vinho, um travo, amargo e morro Eu sigo só porque é o que me convém Minha canção é meu socorro Se o mar virar sertão, o que é que tem? Dias vão, dias vêm Uns em vão, outros nem Quem saberá a cura do meu coração se não eu? Não creio em santos e poetas Perguntei tanto e ninguém nunca respondeu Melhor é dar razão a quem perdoa Melhor é dar perdão a quem perdeu O amor é pedra no abismo A meio passo entre o mal e o bem Com meus botões, à noite, cismo Que importa os trilhos se não passa o trem Os mortos sabem mais que os vivos Sabem o gosto que a morte tem Pra rir têm todos os motivos Pois, seus segredos, vão contar a quem? Dias vão, dias vêm Uns em vão, outros nem Quem saberá a cura do meu coração se não eu? Não creio em santos e poetas Perguntei tanto e ninguém nunca respondeu Melhor é dar razão a quem perdoa Melhor é dar perdão a quem perdeu