Vivia na temperatura tépida dos lençóis Aquele que dava pelo estranho nome De Amor. Às vezes soltava-se E percorria pela mão Dos adolescentes ruas desertas, sombras Escuras e conspiradoras - soltou-se O Amor - alguém gritava. E vinha o vermelho e invadia o vermelho E assanhavam-se os gatos conscientes Da invasão da sua noite Solitária. Depois apagava-se A última luz da última janela e desaparecia O Amor na tepidez dos lençóis. Ficava a lua, ficava O luar azul a reflectir perigosamente Nas lâminas ensaguentadas Dos adolescentes...