Eu outro dia passeando em Madureira Caí na asneira de soltar uns psilones (psilones) A uma dona muito bem avantajada Mas a danada pôs a boca no trombone Chamou o guarda e contou tanta mentira (mentira) O engraçado é que o guarda acreditou Me deu uma bolacha quarta-feira às cinco horas Tô levantando agora, a enfermeira me chamou (acorda, Claus) Juro por Deus que nunca mais em minha vida Soltar piadas pela rua eu vou Mulher bonita se passar eu viro a cara É, pode dizer que já estou borocoxô Aquele guarda me deixou complexado Eu desconfio que até vou virar mulher Meu camarada, se eu gostasse de bolacha Comprava uma caixa de um biscoito qualquer Eu outro dia, 'tava ali no cais do porto Fui olhar um morto que caiu do lotação Num instantinho chegaram dois camaradas E pela farda era o Cosme e o Damião Com dois minutos eu já estava no distrito Levei um grito que eu fiquei daquele jeito Que coisa chata é servir de testemunha Me arrancaram a unha do dedão do pé direito Me bateram tanto que eu fiquei abilolado (abilolado) Me enfiaram um prego no buraco do nariz Pra me ver livre dos carinhos do delega' Eu fui obrigado a confessar o que eu não fiz Eu confessei que no ano de 1500 No dia 22 de abril O Pedro Álvares Cabral é inocente E fui eu quem descobriu o Brasil (a-há) Eu confessei que matei o Tiradentes E sou culpado do estouro do Guandú (do quê?) Paguei uma multa de 50 mil cruzeiros E fui à pé pra minha casa em Bangu E muito jururu