Nasceste humilde como o gaucho' que te leva Co agulha, piola e algum pedaço de lona Foste de arrasto costurada Pela mão d'alguma miséria Sola em rodilhas como o laço que se ata Cieste de yapa aguentar areia, pasto, pedra E alguma geada branqueadora, por machaza E alguma geada branqueadora, por machaza Não carregas estreludas nazarenas E as garroneiras pensam que não és da doma E tu te assoma, arrastada num tranquear Pois, sem chorar, carregas tuas penas Mirando uma china Que costeava o Rio da Prata Deus, por graça prendeu Nela uma flor E pra rimar da mesma cor Fez teu pelo alpargata E pra rimar da mesma cor Fez teu pelo alpargata Cruzaste a linha como todo contrabando Arrastado é destino que carregas Agulha, piola e algum pedaço de lona Nasceste humilde como o gaucho' que te leva Até o da venda pegaste pra companheiro Num ir e vir de lá pra cá e sem chorar E sem chorar por tranqueadora amaciaste O chão duro da pulperia Cruzaste a linha como todo contrabando Arrastado é destino que carregas Agulha, piola e algum pedaço de lona Nasceste humilde como o gaucho' que te leva Agulha, piola e algum pedaço de lona Nasceste humilde como o gaucho' que te leva Mirando uma china Que costeava o Rio da Prata Deus, por graça, prendeu Nela uma flor E pra rimar, da mesma cor Fez teu pelo alpargata E pra rimar, da mesma cor Fez teu pelo alpargata Nasceste humilde como o 'gaucho' que te leva