Eu não gosto de te vê partir Mas sei que sentimento vai Não gosto de te vê partir Mas sei que sentimento vai Como uma flecha ele vai, como uma flecha ele vai, amor Porém preciso de uma flecha pra me recompor de toda essa dor Porém preciso de uma flecha pra me recompor de toda essa dor Porém preciso de uma flecha pra me recompor de toda essa dor E essa flecha que vos falo se chama Sankofa Pois se o rumo for a frente: Preta velha ouça Quem vive mais é quem mais sabe e não quem vive em Sofá Sofistas, superestimados, sugadores, saca? Sim, falo de conhecimento e algo mais profundo E de onde vieram todos saberes do mundo? A pele que habito é parte, potente, primária O erro dos meus foi ensinar tudo pras secundárias E hoje a academia fala de apropriação Com a visão atravessada com branco tempero Quem dera fosse alho e sal, pois estariam longe Não, não busco integração, passado deixou cheiro Por isso não deixo os meus caírem em falácias Falhas feias feitas for frios e meu povo é quente E nesse enorme jardim falso, nós somos acácias De cima olhando flores plásticas do ocidente E nem dá pra nutrir, aqui estou a sorrir E quem planta angico branco, não tá a fim de sombra E nem vou te cuspir, irei rir no porvir Pois queda feia é o que espera-se de gente tonta Pois nada aqui é de graça, por isso não sou engraçado Pra quem vê nosso fracasso imposto por desgraçados Levianos, ladrões lisos, li vocês, tô vacinado Parte disso, tudo é farsa, esforço que foi roubado Eu parei pra te vê partir, sorriso abriu ligeiro Me livrando da doença que criou o mês de janeiro Eu parei pra te vê partir, joguei gasolina e fogo Pra não voltarem (os) racistas pra minha terra de novo Pra minha terra de novo