Aceito a vida como é e faço a puta vir-se Escusas de ir testemunha o rei para vê-lo partir Boca de Bazuca, firo a era caduca Viro a mesa à bruta numa de drenar Com a sede aguda dum vampiro Filho de MK Ultra, desaparecido Com a escrita dum Kabir Olho pa' cultura e faço o luto a rir Juro-te eu nunca tiro olhos do alvo Tipo que miro a nuca E escrevo com o sangue que espirra no papiro Atrito que gera artrite Caso a fera aplique foco, digo-te que na esfera há perigo Esse coitado quer dar pica, mas é queda a pique Agora falam paz mal um gajo pega a BIC É fácil de alcançar Pode havеr beef entre nós, que еu desato a matar O mérito da cova é teu, percebes? Isto é tapar Não rimas com verbos? Boy, deixa 'tar, que um gajo injecta-te ar Desde pequeno com a serpente que desliza no berço A fazer a minha sorte, só que eu emano 13 Ferida pensante que não precisa dum penso Há anos fora do rebanho se conto MC's, adormeço Muitos vivem na descontra Até ao dia em que me encontram debaixo da cama Com o mic na mão só p'ra dizer: Boa noite! Ridículo contestá-lo após romper círculo de flor de sal Carrego a minha inicial até que o ombro estale Culto é escalpe derramo sangue sobre o cal É o ritual, 'tou me a cagar pa' vida Tipo que nem sou mortal Sou Deus vivo num estado laico, coitados, Mike Dou-lhes gás tipo que vou servir spa judaico (relaxa) O teu verso não bate tipo que 'tá carregado de nite Se ficar parado, baico, ácido até a visão virar mosaico Poetas nascem porque temos o Osíris extinto Aniquilo com um vil instinto, a fazer da bílis tinto Isto é celebração de skill e brindo Sou Pacman em cavalo, boy, tu és Carlão 2020 É com cada toque de magia Sou o Diabo que espreita na esquina Como se fosse um bode da CIA Eu sei que não 'tou demente, mãe Não tenho de ir ao Garcia (parecia) Tenho o futuro na mão tipo que é sessão de quiromancia Juro, senhor doutor A minha existência serve de agouro No Hip-Hop sem grandes vendas, mas cego de amor A caneta serve pa' pôr o cérebro dormente Nem se apercebe da dor Esvaio-me lentamente enquanto nego dador ORTEUM varre, mas com V de vapor Suor nas veias, sangue na testa, dread, e segue labor (Temas têm sido vis) cultura inculta pede louvor Enquanto que da lama extraio gemas e rubis E isso é de valor Dedicado aos meus irmãos que dispensam sujar as mãos E fazem tesouros de granito Cheguei com a verdade e fui recebido com Bem-vindo, foste banido Proibido de interromper a roda dentada Mas hoje a vossa sorte dorme