Que dia violento Noves fora Saímos mesmo na hora Diria que estou a inventar A vida na margem Com tendência para deslumbrar Vieste ao sítio certo Toda a gente se respeita Cada um com a sua seita Ninguém fica descoberto Ninguém fica descoberto E aqui ninguém se espanta Se qualquer gente canta Cantar Cantar Sempre a andar Lançar Lançar O isco à água Esperar Picar Não pescas nada Cantar Cantar Sempre a andar Um pouco sem saber Com que roupa fui vestido Em que caixa fui guardado Que trajeto foi traçado O que é de mim pretendido Quem sou suposto parecer Quem é que fez esta escada Que eu não consigo ascender Vou tentando todo o dia Toda a gente quer que eu ria Mas não consigo esquecer Que tentei na escada errada Não sou uma história nova Não sou vinho que se prova Ainda não sabia andar Já esperava a coisa amada Já aguardava passagem Que me levasse da margem Mas a vida anunciada Não me queria aceitar Disse tantas coisas certas Dediquei tantas ofertas Não me queria aceitar