Entre "Décollage" e "Canção da volta", temos a jornada: Seis faixas e uma travessia. A cada canção, uma memória pode emergir à superfície; Ora como bolinhas de ar vindas lá do fundo, Ora como um submarino que atravessa A linha d'água e bagunça tudo ao redor. Memória daqui pra frente. Décollage não é um álbum melancólico, Embora provoque uma grandiosa e orquestrada Força centrípeta, pra dentro do peito. Tem saudade, sim, mas saudade é tão bom. É um lugar no espaço-tempo onde podemos estar no agora, No ontem e no amanhã; sabendo que o tempo linear é uma invenção, optamos por rompê-lo. Como o olfato que pode nos remeter a uma sensação Precisa da infância, a música do Alles Club nos conecta à linha No centro da estrada, ao som ritmado do trem sobre os trilhos, Ao vácuo de uma espaçonave, ao aconchego sacolejante Do ônibus noturno. Nos liga, à jato, ao espaço sem tempo Ou ao tempo sem espaço, possível sempre e apenas numa viagem. (...) tudo é possibilidade. (...) Dependendo do trajeto, dá pra ouvir o disco todo algumas vezes. (...) E antes, mesmo que seu avião – ou o do álbum – aterrisse Ou que o trem chegue à estação, Brasil, Suíça e Portugal Estarão entranhados em seus ouvidos afetivos. Os amigos e parceiros colaboradores do disco, vindos de diferentes Cantos do mundo, cantos de vozes e de baleias, Agora também serão seus. Só você pode fazer o seu caminho. Então, aprume-se. Ultreya y suseya.