Sou quem? Que personagem? Qual a vantagem de o ser? Sou eu, outra ou nenhuma Serei homem ou mulher? Sem quem me invente um enredo Meu medo não é um qualquer Mas o de acordar de repente Perdida do que viver Recolho-me ao meu reduto Provo o fruto que dou só Se sozinha é que me encontro E de longe vejo ao perto Passo a tratar-me por tu Amparo o meu braço fraco Evito ter de mim dó Que o meu tempo não é pouco, e Se do laço faço força Posso tratar-me por tu Posso tratar-me por tu Quem vem, quem vejo comigo? Em mim consigo entender Um eu, uma outra ou nenhuma Mulher, homem, homem, mulher Nem tem de existir mistério Nem critério, nem sequer Atriz, personagem, enredo Ou razões para os não ter Recolhida ao meu reduto Fico o fruto que dou só E é sozinha que o encontro Quando o longe vejo perto E passo a tratar-me por tu Amparada a um braço fraco Escuso de ter de mim dó Que o meu tempo ainda é um tanto e Fazendo do lasso força Posso tratar-me por tu Passo a tratar-me por tu Passo a tratar-me por tu Passo a tratar-me por tu