Eu e tu na malandragem Na viagem sempre a recomeçar Meio mundo à nossa imagem Dou meia volta se perco o meu lugar De manhã o espelho aperta, sou amor Talvez do amor que me quiser Paixão que nem liberta Só pega e desarruma sem doer Que és bem melhor não nego Eu não te dei sossego, ficou tanto por dizer A tempestade lá ao longe Um capricho meu Até me esqueço desse mal Quando atento em tudo o que me mostras E sem te dar respostas Logo fica tudo igual No Portugal lá do oeste Quantas vivendas fizeram uma cidade Esplanada, bola, frio agreste Só o teu corpo lhe dá identidade Privilégio é ser homem na batota Na teima desta contradição Dás birra e até risota Se não me vês em tua posição Mas vai-te logo o fel Se vês que a minha pele também dói essa lição A tempestade já vai longe E foi capricho meu Amor eu esqueço todo o mal Quando atento em tudo o que me mostras E sem te dar respostas logo fica tudo igual Alameda, renda paga, vida longa O mês que acaba é bom sinal É tiro a queima roupa Na prancha a mudar o vendaval Com o passar dos anos Cruzamos oceanos e deixamos tudo igual