Sei que de mim não me perco mais Mesmo que em ti encontre o meu cais Onde possa ancorar esta solidão E descansar minha escravidão Pois eu levo a vida a ferro e suor Laçando as guampas de um mi menor Neste universo eu galopo montado nos versos de uma canção Neste universo eu galopo o destino de cuia e viola na mão Já naveguei pelos sete mares e Tropeei por todo este pampa Cruzei caminhos, subi aos andes No batuque de um bombo leguero E lá de cima pude avistar Qual o sendeiro mais verdadeiro Como "el" condor eu avoo o mais longe que a alma me leva do chão Seguindo o rastro das flechas que foram cravadas no meu coração Y si la história golpe la puerta Yo abro e dejo que adentre Pues quiero oír lo que viene del passado Y transformar lo que hay en el presente Compreender o disse o ditado Honrar o sangue que foi derramado Porque a milonga carrega a história de uma nação E trás as marcas dessa vida nas cordas de uma guitarra Pudera o homem um dia entender Que sem a guerra se pode viver Satisfazer-se com o seu quinhão E abster-se da glória e poder Há que saber qual semente plantar Pra se colher a doçura do ser Saboreá-la no doce amargo da erva de um bom chimarrão Bendita planta que Deus inventou pra matar a nossa solidão Soy Guayrá