A gente fica exposto Ao juízo alheio E é a todo momento, como um tiroteio Mas todo esse pressuposto Não tem que ser escritura Não tem que ser minha lei, nem minha armadura Às vezes algo entra numa fresta, sim Tenta dominar e humilhar e assim O caos se estabelece por um negocim De tanta crueldade, desumanidade Não dá pra ser esponja e viver assim Absorvendo tudo que jogam em mim Estupidez, se não cuidar, espalha igual capim E toma toda a cidade Não dá, não Tenha consideração Se 'cê é um em um milhão Bata com o pé na boca Antes que não alcance a mão Tenha consideração Se 'cê é um em um milhão Bata com o pé na boca Antes que não alcance a mão Antes que não alcance a mão Você é um em um milhão Se 'cê invade meu espaço Não espere boas-vindas Não espere bolacha, nem palavras lindas Não serei o degrau De falsa integridade Não serei relicário de conformidade Tudo nessa cidade é apagamento, sim O de cima vai subindo, o outro é trampolim O de baixo vai descendo, desce até o fim Ao fundo do poço, fundo do poço Carrossel de emoções e gente manequim Atividade-meio, atividade-fim Fogo no barraco e o gelo no gim Um brinde de mau gosto Não dá, não Tenha consideração Se 'cê é um em um milhão Bata com o pé na boca Antes que não alcance a mão Tenha consideração Se 'cê é um em um milhão Bata com o pé na boca Antes que não alcance a mão Antes que não alcance a mão Você é um em um milhão Ninguém vai conquistar meu respeito Sentado em cima de preconceito Deitado em ignorância Ninguém vai conquistar meu respeito Sentado em cima de preconceito Deitado em ignorância Não dá, não Tenha consideração Se 'cê é um em um milhão Bata com o pé na boca Antes que não alcance a mão Tenha consideração Se 'cê é um em um milhão Bata com o pé na boca Antes que não alcance a mão Antes que não alcance a mão Você é um em um milhão