Já me perdi no meio da multidão Que se deixa levar pela situação e a obrigação de dar satisfação Pra toda essa civilização Perdendo toda a sua razão e a sua concepção Inveja, ambição, toda essa maldição Eu jogo fora tudo o que não presta do coração Então, sem alienação, procuro a solução da missão Que livra da condenação Minha alma diz quem eu sou Além da crença, além da cor E o sujeito que se diz inteligente Se rende, se vende, não sente Matando gente pra aumentar a conta corrente Não entra em sua mente que a vida não nos prende Eu canto a música que estoura as correntes Mas a separação, a união, a vitória e a derrota A ascensão, a queda, o abraço, o soco, a ida e a volta A vida e a morte, a liberdade e a prisão Tudo o que destrói uma nação, o sim e o não Deixei de lado tudo aquilo que já me fez mal Não foi tão fácil fazer tudo voltar ao normal Com a minha força capaz, que vem dos meus ancestrais Toda cor se desfaz quando as almas são iguais Minha alma diz quem eu sou Além da crença, além da cor Não vou fazer da minha vida um eterno lamento Não vou deixar que o mundo mude o meu pensamento Não quero que a nossa história acabe antes do tempo Esse é o momento, esse é o momento!