Era um dia como cem Ouvi no rádio um outro alguém Dizer que o mundo é tão ruim, "Um mar de caos sem fim" Falava sobre se afogar, Sobre mais nada para inventar Falava sobre a solidão, O mar E a prisão Se não puder, Ou não souber se desprender E ir embora do cais do talvez Deixe estar Que a ventania irá passar Troque o que sobra Pelo que importa Se eu me afogar em solidão, Nas suas águas, sua prisão Se não houver o que inventar, Nem o escape a estancar Se o sal amargar o olhar, Se, como a terra, o céu sangrar Se eu me afogar em solidão, Seu mar, Sua prisão Se eu não puder, Ou não souber me desprender E ir embora do cais do talvez Se o mar secar E a ventania não passar O que me sobra Já não importa Reme até um remate Remo até um remate Reme até um remate Remo até um remate