Jorge era um cara
Sonhava muitas coisas
Trabalhava de garçom
Ganhava quase nada
Seu rosto condenava
Uma vida incompreendida
Segundo a vizinhança
Uma alma azarada
Jorge não gostava de hipocrisia
Então não falava com ninguém
Só com o cliente que atendia
Certo dia ele pensou:
"Vou sair daqui
Aqui não é o meu lugar
Aqui eu não vou progredir
Meu pai eu não conheci
Minha mãe no céu está
As contas não posso pagar
Vou seguir o meu próprio radar"
Juntou suas poucas roupas
Sem rumo foi a pé
Pegou carona na pista
Com um cara chamado Zé
Zé era um cara
Sonhava poucas coisas
Medico aposentado
Em São Paulo capital
E lá foi Jorge viajando
No meio da viajem
Pensou numa família
Uma mulher de olho azul achar
Seu sotaque interior
Encantou o velho Zé
Ofereceu-lhe uma hospedagem
Durma hoje em casa se quiser
Jorge, muito agradecido
Não podia recusar
Estava sozinho
Ele e seus orixás
A cidade era tão grande
Quando ele chegou
O cimento te engoliu
Junto as luzes do metrô
Toda vez que em falso pisar
Ruído branco é seu radar
A noite vira dia
A cidade acorda e Jorge
Agradece a estadia
Vai tentar a sua sorte
Zé observa
A ingenuidade
Vestida de ousadia
São coisas da idade
A vida é uma aposta
E a gente joga contra
Viciados em nos viciar
Viciados em massagear
O nosso ego
Pra quê perceber
Que somos tão vazios que da eco
Espero que mude
E o mundo não se curve
A ninguém, quem for
Se não for pedir demais
Jorge ainda é um cara
Que sonha muitas coisas
Trabalha de garçom
Em São Paulo capital
Seu rosto ainda condena
Uma vida incompreendida
Segundo a cidade toda
Pessoa despreparada
Nem sempre tem um final
Nem sempre tem um final
Tudo bem, a gente encontra
Sonhava muitas coisas
Trabalhava de garçom
Ganhava quase nada
Seu rosto condenava
Uma vida incompreendida
Segundo a vizinhança
Uma alma azarada
Jorge não gostava de hipocrisia
Então não falava com ninguém
Só com o cliente que atendia
Certo dia ele pensou:
"Vou sair daqui
Aqui não é o meu lugar
Aqui eu não vou progredir
Meu pai eu não conheci
Minha mãe no céu está
As contas não posso pagar
Vou seguir o meu próprio radar"
Juntou suas poucas roupas
Sem rumo foi a pé
Pegou carona na pista
Com um cara chamado Zé
Zé era um cara
Sonhava poucas coisas
Medico aposentado
Em São Paulo capital
E lá foi Jorge viajando
No meio da viajem
Pensou numa família
Uma mulher de olho azul achar
Seu sotaque interior
Encantou o velho Zé
Ofereceu-lhe uma hospedagem
Durma hoje em casa se quiser
Jorge, muito agradecido
Não podia recusar
Estava sozinho
Ele e seus orixás
A cidade era tão grande
Quando ele chegou
O cimento te engoliu
Junto as luzes do metrô
Toda vez que em falso pisar
Ruído branco é seu radar
A noite vira dia
A cidade acorda e Jorge
Agradece a estadia
Vai tentar a sua sorte
Zé observa
A ingenuidade
Vestida de ousadia
São coisas da idade
A vida é uma aposta
E a gente joga contra
Viciados em nos viciar
Viciados em massagear
O nosso ego
Pra quê perceber
Que somos tão vazios que da eco
Espero que mude
E o mundo não se curve
A ninguém, quem for
Se não for pedir demais
Jorge ainda é um cara
Que sonha muitas coisas
Trabalha de garçom
Em São Paulo capital
Seu rosto ainda condena
Uma vida incompreendida
Segundo a cidade toda
Pessoa despreparada
Nem sempre tem um final
Nem sempre tem um final
Tudo bem, a gente encontra
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