Era como uma máquina Não levava nada em consideração Mantinha o plano em prática Sabendo que seria tudo em vão Seguia com sua lógica Nunca fez nenhuma concessão Era tal pessoa tóxica Quase cinematográfica Sua vida seguia sem refrão Uma lamentável sátira Sem desfecho nem antecipação Os mistérios astrológicos Determinavam sua orientação Constrangimentos cósmicos Era conhecido como a máquina Funcionava por sincronização Era triste, era uma lástima E ninguém mais se importava não Vivia de retórica Praticava a especulação E seguia tão hipócrita Sabia que eu fiz de tudo? Sabia que eu fiz de tudo? Eu quis fazer tudo sumir pra sempre Eu quis fazer tudo sumir pra sempre Mas pra sempre não tem Pra sempre não deu E tudo voltou E tudo era meu Então eu fugi Eu fui me esconder Mas sabe o que eu vi? Eu quero esquecer Me deixa sumir Deixar de existir Mas será que dá? Quem vai me impedir? Sabia que eu fiz de tudo? Era como uma máquina E como uma quebrou de supetão De forma enigmática Parou e deixou todos na mão Tacharam-na de sórdida Mas as máquinas não se importarão Nos vemos numa próxima Sabia que eu vi de tudo Sabia que eu vi de tudo O que eu queria era sumir pra sempre Eu queria sumir Era como uma máquina Como uma máquina Como uma máquina Como uma máquina