As nossas juras mais que eternas São agora navalhas cravadas na carne O tempo nunca mais se atreve a ir embora É tarde, é sempre tão tarde E tudo fica muito aquém da despedida E a hora em que é vital perder a vida E a única saída é ser covarde Depois de desistir regresso à verdade E sinto que tu me traiste Nos beijos com sabor amargo de saudade É triste, é tudo tão triste Deixar um grande amor cruzar a nossa porta Fingir que o coração já não se importa De amar uma ilusão que não existe Se eu voltar a naufragar Vou sentir mais do que ouvir A voz do mar A murmurar Que o tempo e a vida eu não posso parar Em cada cais te digo adeus Em cada cais os barcos à deriva Navegam na maré mais viva E todos os finais felizes são só teus Navegam na maré mais viva E todos os finais felizes são só teus No fim, qualquer mulher é tão ou mais bonita Se tem de guardar um segredo Na triste solidão que a sua alma grita É cedo, é sempre tão cedo Pra dar ao nosso coração mais uma chance Pedindo à solidão que ela não canse A volta da tristeza que a habita Se eu voltar a naufragar Vou sentir mais do que ouvir A voz do mar A murmurar Que o tempo e a vida eu não posso parar Em cada cais te digo adeus Em cada cais os barcos à deriva Navegam na maré mais viva E todos os finais felizes são só teus Navegam na maré mais viva E todos os finais felizes são só teus