Para um tempo que fica Doendo por dentro E passa por fora Para o tempo do vento Que é o contratempo Da nossa demora Passam dias e noites Os meses, os anos O segundo e a hora E ao tempo presente É que a gente pergunta E agora e agora Tempo Para pensar cada momento deste tempo Que cada dia é mais profundo e é mais tempo Para emendar pois outro tempo menos lento Tempo Dos nossos filhos aprenderem com mais tempo A rapidez que atende sempre o pensamento Para nascer, para viver, para existir E nunca mais verem o tempo fugir Ai, o tempo constante Que a cada instante Nos passa por fora Este tempo candente Que é como um cometa Com laivos de aurora É o tempo de hoje É o tempo de ontem É o tempo de outrora Mas o tempo da gente É o tempo presente É agora é agora Tempo Para agarrar cada momento deste tempo E terminar em absoluto ao mesmo tempo Em temporal como os ponteiros do minuto Tempo Para o relogio bater certo com a vida Que um homem bom que um homem sao que um homem forte Que da chegava a conseguir fazer partida E que desperta adiantado para a morte Tempo Para agarrar cada momento deste tempo Interminável em absoluto ao mesmo tempo Em temporal como os ponteiros do minuto Tempo Para o relogio bater certo com a vida De um homem bom, de um homem sao, de um homem forte Que da chegava a conseguir fazer partida E que desperta adiantado para a morte