Quero dedicar esta canção a todas as donas de casa. E Também à nossa editora que tem pago as contas de almoços na Tasca do Martins, as massagistas, a cocaína e as despesas de estúdio. Sei quem ele é Ele é bom rapaz Um pouco tímido até Vivia com um sapo Debaixo do boné Era do Benfica e ajudava Na missa de pé Ela apareceu Tinha ar de vaca Era um camafeu Mora na buraca E agora ele diz Que na picheleira era mais Mais feliz Só pensa nela a todo o momento Meteu-a no forno Pôs-lhe fermento Ele sem ela não é ninguém Não é ninguém Sei quem ele é Ele é proxeneta lá no Cais do Sodré Ele anda de carro Ela ataca a pé Como qualquer história, tem moral A editora quis uma balada comercial Nós só queremos ganhar dinheiro Fazer canções fúteis p'ró mundo inteiro Nós sem vocês não somos ninguém Não somos ninguém Não somos ninguém Não não não somos ninguém Não não não somos ninguém Não não não somos ninguém Não não não somos ninguém Não não não somos ninguém Não não não somos ninguém Não não não... Não somos ninguém