Quis esquecer a minha dor e não encarar a cor Da verdade nua e crua Quis fugir do teu amor e à procura de melhor Fui parar à tua rua E à tua porta coisas belas a espreitar pelas janelas Que o calor lembrou à mágoa Neste rio que ainda corre sobre a sede que não morre Nem que beba toda a água A minha sorte ilumina a madrugada Se perco o norte em qualquer encruzilhada Fica por perto e me faz sentir tão forte Se deixar o peito aberto e cantar à minha sorte Esta voz que por mim chama já não quer saber de fama Nem engana o coração Chora por mulher que ama e no lugar vazio da cama Só deitou a solidão E se não há o tempo certo para fechar o peito aberto Assentar, esperar a morte Dou-me a cada recomeço se o reverso do seu preço For ditando a minha sorte numa força que me leva A minha sorte ilumina a madrugada Se perco o norte em qualquer encruzilhada Fica por perto e me faz sentir tão forte P'ra deixar o peito aberto e cantar à minha sorte A minha sorte ilumina a madrugada Se perco o norte em qualquer encruzilhada Fica por perto e me faz sentir tão forte Se deixar o peito aberto e cantar à minha sorte De peito aberto vou cantar à minha sorte De peito aberto vou cantar à minha sorte