Como o grito de quem nasce num instante Foi de negro que vieste, meu amante Foi de negro como a noite desse dia Foi de pranto dessa boca a gargalhada O sorriso que é a morte anunciada Do carnaval do amor, a fantasia Depois foi o canto, a romaria As festas da Senhora da Agonia E tudo o que sonhei por seres quem és Os beijos que inventei na tua boca Os gemidos a rasgar a tua roupa Os meus lábios a beberem as marés ♪ Por isso eu te digo, meu senhor Que esta fala não é pranto, não é dor Nem vontade de prender ou de largar É mostrar que sei de ti o que é preciso P'ra transformar por fim num claro riso Toda a cor que sei de cor do teu olhar É mostrar que sei de ti o que é preciso P'ra transformar por fim num claro riso Toda a cor que sei de cor do teu olhar