Quando Deus pôs o mundo E o céu a girar Bem lá no fundo Sabia que por aquele andar Eu te havia de encontrar Minha mãe no segundo Em que aceitou dançar Foi na cantiga Dos astros a conspirar Do seu cósmico vagar Mandaram o teu pai Sorrir para a tua mãe Para que tu existisses também Era um dia bonito E na altura eu também O Tó Zé Brito Ainda se lembrava bem O infinito Ainda se lembrava bem Do seu cósmico refém E eu que pensava Que ia só comprar pão E tu que pensavas Que ias só passear o cão A salvo da conspiração Cruzámos caminhos Tropeçámos no olhar E o pão nesse dia Ficou por comprar Dara-dara-dara-dara Dara-dara-dara Dara-dara-dada Ensarilharam-se as trelas dos cães Os astros, os signos Os desígnios, as constelações As estrelas, os trilhos E as tralhas dos dois Dara-dara-dara-dara Dara-dara-dara Dara-dara-dada Obrigado Porto!