Em dia de romaria Desfila o meu vilarejo Ainda o galo canta a dia Já vai na rua o cortejo Meu pai já está de saída Vai juntar-se àquele povo Tem velhas contas com a vida A saudar com vinho novo Por mais duro o serviço Que a terra peça da gente Eu não sei porque feitiço Temos sempre novo alento E a minha mãe acompanhada De promessas por pagar Vai voltar de alma lavada E joelhos a sangrar Minha irmã quis ir sozinha Saiu mais cedo de casa Vai voltar de manhãzinha Com o coração em brasa Por mais duro o serviço Que a terra peça da gente Eu não sei porque feitiço (Temos sempre novo alento) ♪ A noite desce o seu manto Do alto deste valado O sagrado e o profano Vão dançando lado a lado E eu não sou de grandes folias Não encontrei a alma gémea Há de haver mais romarias Nas festas de Santa Eufémia ♪ Por mais duro o serviço Que a terra peça da gente Eu não sei porque feitiço Temos sempre novo alento Por mais duro o serviço Que a terra peça da gente Eu não sei porque feitiço Temos sempre novo alento Nas festas de Santa Eufémia ♪ Boa noite (boa noite)