Deixa cair Aposto que não passa do chão A devida distância Uma queda pode ser apenas percussão Deixa morrer O gesto que começou mal Depois vais ter tempo De reconstruir a tua catedral Uma vez Era o rei e o bobo Separaram-se até mais ver Mas não deixaram de se corresponder Uma vez Era o belo e o monstro Também eles fizeram planos De nunca mais deixarem de se entender Conheço alguém De quem mal me consigo lembrar Abençoado quem tem quem De vez enquando o venha visitar Na tua mão Pressinto um futuro feliz Tira o lápis da boca E escreve o que a solidão te diz Uma vez Era o génio e o louco Separaram-se até mais ver Mas não deixaram de se corresponder Uma vez Era o choro e o riso Também eles fizeram planos De nunca mais deixarem de se entender