Vamos lá contar as armas Tu e eu, de braço dado Nesta estrada meio deserta Não sabemos quanto tempo As tréguas vão durar Há vitórias e derrotas Apontadas em silêncio No diário imaginário Onde empilhamos as razões para lutar Repreendo os meus fantasmas Ao virar de cada esquina Por espantarem a inocência Quantas vezes te odiei Com medo de te amar Vejo o fundo da garrafa Acendo mais outro cigarro Tudo serve de cinzeiro Quando os deuses brincam É para magoar Vamos enganar o tempo Saltar para o primeiro comboio Que arrancar da mais próxima estação Para quê fazer projectos Quando sai tudo ao contrário? Pode ser que por milagre Troquemos as voltas aos deuses ♪ Entre o caos e o conflito A vontade e a desordem Não podemos ver ao longe E corremos sempre o risco De ir longe demais Somos meros transeuntes No passeio dos prodígios Somos só sobreviventes Com carimbos falsos nas credenciais Vamos enganar o tempo Saltar para o primeiro comboio Que arrancar da mais próxima estação Para quê fazer projectos Quando sai tudo ao contrário? Pode ser que por milagre Troquemos as voltas aos deuses Para quê fazer projectos Quando sai tudo ao contrário? Pode ser que por milagre Troquemos as voltas aos deuses Troquemos as voltas aos deuses