O fado que em tempos te cantei Disse ainda suave ao teu ouvido Não quero andar do amor tão distraído Que tome o imaginado por viver Que tome o imaginado por viver De tudo que imagina o pensamento Eu tento mais querer do que mais ver Em querendo equilibrar pimenta e sal Eu faço da mistura o sentimento Eu faço da mistura o sentimento Onde é que paras, amor fugitivo? Para onde foste tantas horas? Por que te atardas e por que demoras? Há quanto tempo não há tanto tempo a arder? Janela que se abriu de par em par Por vezes traz no vento o teu perfume Não sei se por ausência ou por ciúme Vem uma saudade nova de te amar Vem uma saudade nova de te amar Chegado a outra margem desse rio Que em língua mais comum se chama vila Regressaria ao ponto de partida Ai, no ombro de um antigo calafrio Ai, no ombro de um antigo calafrio Onde é que paras, amor fugitivo? Para onde foste tantas horas? Por que te atardas e por que demoras? Há quanto tempo há tanto tempo a arder? A estrela que brilhava ainda não fugiu Na luz do teu tão incisivo olhar Não digo que o amor assim ressurge Mas talvez valha a pena experimentar Mas talvez valha a pena experimentar Onde é que paras, amor fugitivo? Para onde foste tantas horas? Por que te atardas e por que demoras? Há quanto tempo não há tanto tempo a arder? ♪ Onde é que paras, amor fugitivo? Para onde foste tantas horas? Por que te atardas e por que demoras? Há quanto tempo não há tanto tempo a arder?