Deixa ser como o luar, à minha vontade Como a águia ser a águia, sem nenhum problema Ser a gota, o grão de areia, a minha unidade Do deserto e do mar, que coisa pequena Ter do tempo a claridade do sol promissor Como o índio, ser o índio e valer a pena E valer a pena Sem outra razão e valer a pena Ai, se eu pudesse ter a paz para te dar Um pouco do céu, um pouco do sonho Um pouco de paz Sem outra razão já valia a pena Ser de rir e do chorar, ser do meu momento Como o vento, ser o vento e a sua feição Ter da flor a sua essência só pelo prazer Só o ser, só o ser sem a condição Amar-te só porque sim e valer a pena Só o sim, só o sim sem a explicação E valer a pena Sem outra razão e valer a pena Ai, se eu pudesse ter a paz para te dar Um pouco do céu, um pouco do sonho Um pouco de paz Sem outra razão já valia a pena ♪ É quase noite É quase um lago vazio O luar e um deserto cego e frio A mão fechada e nada Ter a espada e nada Órfão de paixão Ter prazer na solidão Dançar com a tempestade Morrer um pouco em cada dia Um sorrir da eternidade E não saber como seria voltar ao mar De madrugada e morrer longe do mar Sem fogo e sem ardor É não sonhar a importância do amor ♪ Dançar com a tempestade Morrer um pouco em cada dia Um sorrir da eternidade E não saber como seria voltar ao mar De madrugada e morrer longe do mar Sem fogo e sem ardor É não sonhar a importância do amor Do amor ♪ Do amor