Oiça lá, ó senhor vinho Vai responder-me, mas com franqueza Por que é que tira toda a firmeza A quem encontra no seu caminho? Lá por beber um copinho a mais Até pessoas pacatas, amigo vinho Em desalinho Vossa mercê faz andar de gatas! É mau o procedimento E a intenção daquilo que faz Entra-se em desiquilibrio Não ha equilibrio que seja capaz As leis da física falham E a vertical de qualquer lugar Oscila sem se deter e deixa de ser prependicular ♪ Eu ja fui, responde o vinho A folha solta a bailar ao vento Que o raio de Sol do firmamento Me trouxe à uva doce carinho Ainda guardo o calor do Sol E assim eu até dou vida Aumento o valor seja de quem for Na boa conta, peso e medida E só faço mal a quem me julga ninguém Faz pouco de mim Quem me trata como água É ofensa paga, eu cá sou assim Vossa mercê tem razão É ingratidão falar mal do vinho E a provar o que digo Vamos, meu amigo, a mais um copinho ♪ Eu ja fui, responde o vinho A folha solta a bailar ao vento Que o raio de Sol do firmamento Me trouxe à uva doce carinho Ainda guardo o calor do Sol E assim eu até dou vida Aumento o valor seja de quem for Na boa conta, peso e medida E só faço mal a quem me julga ninguém Faz pouco de mim Quem me trata como água É ofensa paga, eu cá sou assim Vossa mercê tem razão É ingratidão falar mal do vinho E a provar o que digo Vamos, meu amigo, a mais um copinho