A caixa negra tem Lá coisas que não revela a ninguém Não lembra ao diabo também A caixa negra tem Altura que não convém a ninguém Afetam e assustam também E a quem lhe chama preta Saem poemas da gaveta Mas os sons tipo trombeta Há sempre uma bicicleta O motor é uma lambreta Uma bala na caneta A caixa negra nem Tem cores que se distinguem muito bem Nem respeito nem pudor A caixa negra traz, traz Revelações do além Vai e vem Vai e vem Vai e vem Quem levanta uma suspeita Uma perna, ui, perfeita Atmosfera rarefeita Há sempre uma bicicleta lá Motor é uma lambreta Uma bala na corneta ♪ Há mais uma bicicleta O motor é uma lambreta Uma bala na caneta Quem levanta uma suspeita, não Uma saia, uma perna Uma perna tão perfeita Lá vem uma bicicleta O motor, outra lambreta Uma bala na careta A caixa negra vem A caixa negra vem