No céu cinzento sob o astro mudo Batendo as asas pela noite calada Vêm em bandos com pés de veludo Chupar o sangue fresco da manada Se alguém se engana com seu ar sisudo E lhes franqueia as portas à chegada Eles comem tudo, eles comem tudo Eles comem tudo e não deixam nada Eles comem tudo, eles comem tudo Eles comem tudo e não deixam nada A toda a parte chegam os vampiros Poisam nos prédios, poisam nas calçadas Trazem no ventre despojos antigos Mas nada os prende às vidas acabadas São os mordomos do universo todo Senhores à força mandadores sem lei Enchem as tulhas, bebem vinho novo Dançam a ronda no pinhal do rei Eles comem tudo, eles comem tudo Eles comem tudo e não deixam nada Eles comem tudo, eles comem tudo Eles comem tudo e não deixam nada ♪ No chão do medo tombam os vencidos Ouvem-se os gritos na noite abafada Jazem nos fossos vítimas d'um credo E não se esgota o sangue da manada Se alguém se engana com seu ar sisudo E lhes franqueia as portas à chegada Eles comem tudo, eles comem tudo Eles comem tudo e não deixam nada Eles comem tudo, eles comem tudo Eles comem tudo e não deixam nada Eles comem tudo, eles comem tudo Eles comem tudo e não deixam nada Eles comem tudo, eles comem tudo Eles comem tudo e não deixam nada Eles comem tudo, eles comem tudo Eles comem tudo e não deixam nada