Vem visitar este canteiro encantado chamado portugal Que apesar de pequeno, tem cá de tudo Tem auto-estima em falta e fervor nacionalista: Uma das contradições compiladas nesta lista Este país não é pra velhos, nem novos Há quem diga que é pra corruptos e preguiçosos Com uma economia paralela ao mais alto nível Recebemos bem, pagar pode ser impossível Mas temos praia e sol, jogadores de futebol, Temos fátima e fado, temos palavras como o "lol" Temos dívidas, mas temos submarinos no paiol, Temos coração mole, mordemos sempre o anzol Das figuras na tv, shows de realidade Cus, mamas e cabeças falantes de qualidade Já não devíamos ter algum juízo com esta idade? Até quando seremos meninos sem maturidade? É o jardim à beira-mar plantado! Ainda vivemos no passado! É o jardim à beira-mar plantado! Ainda vivemos no passado! Portugal tá tolo! Só quer é tinto e bombo Quando a equipa falha o golo É bronco, parte o tasco todo Povinho é mesquinho Invejoso do vizinho Arranca pão do filho Pa comprar um carro novo Assassinos ao volante Bebedeira tá no sangue Uma veia de azeiteiro Em cada habitante! Vem Família emigrante Dá rambóia da grande É o patrão lá na aldeia Porque é trolha na france! Desde o tempo antigo Num navio busque terra nova, A nossa frota troca Sardinha por ganza e coca No continente e ilhas Tudo mil maravilhas Esbanja tudo em borga Quando a troika estiver a milhas Nesta rua, a revolta é uma festa Compra tudo no estrangeiro O que é portuga não presta Já dizia o primeiro que queria o povo mais pobre, Por nós está tudo bem enquanto houver super bock É o jardim à beira-mar plantado! Ainda vivemos no passado! É o jardim à beira-mar plantado! Ainda vivemos no passado! É o jardim! Onde a vida vai assim-assim É o jardim! Onde a vida vai assim-assim É o jardim! Onde a vida vai assim-assim É o jardim! Onde a vida vai assim-assim É o jardim à beira-mar plantado! Nós os jardineiros, pouco preocupados Em defender a sério o seu estado De modo deliberado, tratado mal Está tudo roubado, já Resta pouco do que foi o lusitano passado, mano! Só vejo cactos, faltam flores nos canteiros Os pátios são feitos para manter o staus quo nos pratos certos Cai sempre! É o capital à frente, os financeiros interesses Que se lixe a gente, que se lixe o povo, que se lixem esses! Esses proxenetas finos, armados até aos dentes Com esquemas e alíneas, roubam tanto, tu nem entendes Para postar no bar, com fusca ou rusga no lar Sem tusta pra tares calado a deixares o semeado desabrochar Aqui abunda o adubo e mais nada pode abundar Já tresanda de há tanto tempo tarem pra nós a cagar Imagino um futuro como um deserto no quintal Com um sinal, a dizer "aqui existiu portugal"! Ah! É o jardim à beira-mar plantado! Ainda vivemos no passado! É o jardim à beira-mar plantado! Ainda vivemos no passado! É o jardim! Onde a vida vai assim-assim É o jardim! Onde a vida vai assim-assim É o jardim! Onde a vida vai assim-assim É o jardim! Onde a vida vai assim-assim..."