São longas distâncias São luzes na chuva Gelam-se os ossos A quem madruga São traços vermelhos Que riscam o chão Tu segues para o norte E ouves esta canção E tu olhas em frente Evitas chorar Um futuro ausente Aqui perto do mar A comida da mãe E as zangas do pai São já só saudade Um lamento e um ai Lá para onde vais Há uma quimera E vais acabar Por ter alguém À tua espera À tua espera Dá um beijo meu à Zefa (Dá um beijo meu à Zefa) E um abraço ao João (E um abraço ao João) Por muito grande que te pareça Tu tens o mundo na palma da mão E acabas por viver E acabas por amar Nessa terra cinzenta Tão longe do teu mar Mas nem tudo é mau E a vida acaba por sorrir Tu trabalhas no duro E tens um filho a nascer E outro a crescer Onde é que eles foram? Onde é que eles estão? Onde é que eles foram? Onde é que eles estão? Onde é que eles foram? Onde é que eles estão? Onde é que eles foram? Onde é que eles foram? Onde é que eles estão? Esses que eram Futuro da nação Lá para onde vais Há uma quimera E vais acabar A ter alguém À tua espera À tua espera À tua espera Dá um beijo meu à Zefa (Dá um beijo meu à Zefa) E um abraço ao João (E um abraço ao João) Por muito grande que te pareça Tu tens o mundo na palma da mão Dá um beijo meu à Zefa (Dá um beijo meu à Zefa) E um abraço ao João (E um abraço ao João) Por muito grande que te pareça Tu tens o mundo na palma da mão Na palma da mão Na palma da mão