Quer eu queira, quer não queira, esta cidade Há de ser uma fronteira e a verdade Cada vez menos, cada vez menos Verdadeira Quer eu queira, quer não queira No meio desta liberdade Filhos da puta sem razão e sem sentido No meio da rua, nua, crua e bruta Eu luto sempre do outro lado da luta (luta, luta) A polícia já tem o meu nome Minha foto está no ficheiro Porque eu não me rendo Porque eu não me vendo Nem por ideais, nem por dinheiro E como eu sou e quero ser sempre assim Um rio que corre sem princípio nem fim O poder podre dos homens normais Está a tentar dar cabo de mim Cabo de mim