Sem seu olhar Sou palhaço sem cor Luar sem léu Sou mel sem sabor Porto sem mar Promessa sem fé Esquina sem bar Lar sem mulher Não estou bem Mas eu posso viver Mesmo sem ter O seu doce querer Sabe que eu Sou a grande paixão Que você quer Mais diz que não Com seu amor todo dia tem sol O jogo tem gol E a dor tem final Minha paz é maior Minha luz, meu humor Calor que seca roupa no varal Então volta pra cá Exerce o papel De se o meu par Estrela do céu Papo de bar Doce do mel Meu amor meu lugar Meu anjo do céu Os barracos de hoje são de alvenaria Não têm mais o silêncio da ave-maria Hoje tudo é segredo E circula o medo em cada viela Hoje o morro tem dono e também tem disputa Um total abandono, filhos que vão à luta Gente que não se cansa Poesia, esperança e amor à favela A música mudou A rosas já não falam Não canta nem sorri O encanto acabou Injustiça e dor é o que tem por aí Crianças sem controle, sem o valor da vida Comunidade chora a mocidade perdida Mas ainda tem malandro que chega tarde em casa E que implora à patroa por favor, me perdoa Pra ficar numa boa Ensaboa mulata, ensaboa Mas ainda tem malandro que chega tarde em casa E que implora à patroa por favor, me perdoa Pra ficar numa boa Ensaboa mulata Ensaboa