Mais um dia cara ou coroa
Vou a butes pra Lisboa
Sem franquia pra deslocação
Meias solas de ordenado
Saio de casa já irado
Num antídoto à criação
Chega de dar ao capataz o que tanta falta me faz
De hoje em diante sou o meu patrão
E nem é tarde nem é cedo
Vou acordar o desassossego
E dou por mim a cantar o refrão
Mazelas há? Há, há, há, há, há, há
Mas são verdes
Que as maduras já eu as comi
Mazelas há? Há, há, há, há, há, há
Mas são verdes
Só há estas, são pra mim
Mais um dia mãos à obra tanto verga até que dobra
E lá na rádio já falam de mim
Troco as cordas à viola, esqueço o que aprendi na escola
E as frases sábias do Galopim
Não passa se diz ai
Não passa se diz ui
Mais um antídoto à criação
Escrevo o que me dá na vinheta
Comi pastilhas da sarjeta
E dou por mim outra vez no refrão
Mazelas há? Há, há, há, há, há, há
Mas são verdes
Que as maduras já eu as comi
Mazelas há? Há, há, há, há, há, há
Mas são verdes
Só há estas, são pra mim
Meia vida e meia a dar mel a outra colmeia
Aqui só colhe quem semeia e ninguém vai cantar por mim
Meia vida e meia a correr em alcateia
Dar bonita gente feia e ninguém vai chorar por mim
Meia vida e meia a viver em apneia
À sombra de quem chateia e ninguém vai sangrar por mim
Meia vida inteira em forma de centopeia
Cada membro em cada teia e ninguém vai lutar por mim
Mazelas há? Há, há, há, há, há, há
Mas são verdes
Que as maduras já eu as comi
Mazelas há? Há, há, há, há, há, há
Mas são verdes
Só há estas, são pra mim
Mazelas há? Há, há, há, há, há, há
Mazelas há? Há, há, há, há, há, há
Mazelas há? Há, há, há, há, há, há
Mazelas há? Há, há, há, há, há, há
Só há estas, são pra mim
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