Não me entrego Mato ou morro Pesa o capacete do orgulho Solar, apolíneo Submersão e olhos abertos Gritos de família quando deito exausto Comprei uma glock no Mercado Livre Ainda não chegou Se piscar eu sumo Mas gatinha juro que eu volto Nomes na areia, mar devora Nessa idade tudo incolor Menos o sangue Entre a mão e o garrancho Eu capricho Na lama ou atola, ou garimpa Eu dizia: pense mais Faça mais Não preciso de ninguém Foram isqueiros e bad vibes Já não gasto a vida Pondo Band Aid em céu chuvoso Nada acalma o temporal Fecho os olhos e pertenço O que não vale risco? A tela trinca e o coração em cacos Alma em cárcere tal retrato No espelho quem mente mais? Miserável é toda face Nem se apresente, é mais fácil Esconder-se, a cova cave Só não deite-se após a refeição Aguarde ou mate-se em jejum Mas antes mate o judas da mesa Mar tu não abrirás E eu andarei sobre as águas Bebendo no gargalo Enquanto os peixes multiplicam-se Como fogo e seda, rosto e máscara Se não tem vento o cheiro impregna E a dor não para Onde há alivio há mentira O ouro brilha e eu não vou piscar A cor que pulsa do espírito Cega os fracos e abençoa os bem nutridos Se eu sumir, gata, juro que logo volto Com bons ventos e notícias Ursinho de pelúcia é cafona E buquê de flor nem se fala Passa a bola, tira a calça O resto é silêncio ou paranoia Da morte fujo com foges tu Rosno pro céu, nada dócil Ouço três tiros, sinto todos Mas não poupo os inimigos É paranoia Sabes que para agora O grão é posto em terra boa Ou padece por esperar Amanhã será Não me entrego Mato ou morro Pesa o capacete do orgulho Não me entrego Mato ou morro Pesa o capacete do orgulho Não me entrego Mato ou morro Não me entrego Mato ou morro Não me entrego Mato ou morro Não me entrego Mato ou morro Pois, só não grito quando fumo erva Mas só choro quando vejo ela Tudo leve, me permito Quando o busto ampara minha lagrima seca Mesmo que arrancar a máscara seja não ter rosto Mostro minhas faces e são mais de mil Do conflito brota o homem E à terra vibra Que a pagina vire E tudo renasça