Vim dar à margem do tempo No movimento final de me lançar Fui a garrafa nas ondas Sem S.O.S., sem prece, sem amor Vim dar à praia sem me salvar Ser prisioneiro da luz do sol Rolei na areia Vazio e só Tudo era ausência de alguém, de alguém Ah, vim dar um beijo no nada Passar a língua na espuma sobre o chão Vim me enterrar entre as conchas sem som Deixar que catem meus restos de querer Quem levaria o imaterial? Quem juntaria lembranças vãs? Quem guardaria o dia em que Te vi no parque, tão linda? Quem poria nós dois Num poema de mil megatons? Tudo começa quando explode Tudo começa Se completa Ou não Recomeça Quando explode