Não venho de muito perto E pra bem longe é que vou Eu chego quando anoitece Quando amanhece não estou ♪ Quem tem lado é boi de canga E alpargata é quem não tem Às vezes eu tenho de sobra E volta e meia, eu ando sem ♪ Pras manhãs de lida e sol Rodeio parado a grito E pras tardes de garoa Café preto e bolo frito E pras tardes de garoa Café preto e bolo frito Folcoreando, folcloreando Sigo assim, de um pago ao outro Chacarereando pras moça E tirando cósca de potro Chacarereando pras moça E tirando cósca de potro ♪ Errei um pealo certeiro Botei a culpa no laço Depois d'uma noite bailando Fazendo força no braço ♪ Eu tenho um poncho de napa E um par de bota de goma Pra "domá" em dia de chuva Porque potreiro não doma ♪ Te trago minha saudade Meu zóinho de coruja E uma mala de garupa Pesada de roupa suja E uma mala de garupa Pesada de roupa suja Quando eu morrer, façam fávoa Não quero ninguém chorando Pra que eu siga, tempo adentro Folcloreando, flocloreando Pra que eu siga, tempo adentro Folcloreando, flocloreando