Com que direito regressas À meu mundo convivência Fazendo novas promessas Chorando velhas carências Depois de partir com pressa Depois de tamanha ausência? Te vejo contar da vida Te vejo culpar o tempo Gesticulas distraída Enquanto eu, mais atento Colho esperanças caídas Das frases que joga ao vento Muito em breve desarmado Sei que irei como sempre Chamar teu nome abreviado Assim carinhosamente E aguardar concentrado Que ceve um mate pra gente Depois d'um gole profundo Palmeando a cuia quente Sei que vais olhar no fundo Dos meus olhos ternamente E'ntão prometer-me o mundo Até partir novamente Inoportuna essa ansia A quem chamas: Liberdade De sair beber distâncias De voltar ao ter vontade Abusas das circunstâncias Te olvidas de minha saudade Mesmo com tuas partidas Como posso me comovo Jurar que tendo mil vidas Sem saber delas por novo As daria sem medidas Pra fazer tudo de novo? Traduzir o que se sente Essa constante atração Não é coisa que se tente Não é tão simples missão Não se cantam facilmente