Dou de rédea e frouxo a boca A guitarra e um poema Dos rincões da minha saudade No tranquear da cantilena Cantilena me remete Ao Rincão dos Malacara Onde eu me ia pro campo Assoviando sobre as garra' Cantilena, quantas vezes Sussurrei junto à cancela Serenateando inibido De fronte ao rancho dela? Da sanguita que eu vadeava Num capão de pitangueira Tinha o canto, cantilena De um sabiá laranjeira Cantilena, cantilena A guitarra e um poema Cantilena, cantilena A guitarra e um poema Do regresso, uma saudade Quando me vou, mas eu fico Cada verso, cantilena Me sinto o pobre mais rico Cantilena, me remete Ao Rincão da Esperança Das melodias das tropas Que empurrei quando criança Cantilena, traz de volta Meu dialeto diário De melodiar encilhando De prosear com os meus cavalos Dou de rédea e frouxo a boca A guitarra e um poema Dos rincões da minha saudade No tranquear da cantilena Cantilena, cantilena A guitarra e um poema Cantilena, cantilena A guitarra e um poema