Nasci na costa do mato, índio cruzado com branco Beiçudo que veiaqueia' eu faço pegar o tranco E a china, eu levo na prosa Com dois, três beijo, eu amanso Larga e dá um tapa na cara que berre como quiser Metendo a mão no focinho me errando coice nos pé Que eu vou mostrar pra estes cavalos Como eu trato minhas muié' Vou frouxar o couro da marca, cortar bem sobre a paleta Pra me derrubar de cima só que o lombo se derreta Depois arrasto as morenas por cima de uma carreta Se cravar as ventas na grama se escarrapacha berrando Saio a passito na frente com as minhas esporas cantando Se vai virando cambota que coisa linda que eu acho O céu tremendo nos olhos parece que eu tô borracho Domo essa dona e faço a cordeona chorar E o baile veio vai até o dia clarear Domo essa dona e faço a cordeona chorar E uma morena diz que hoje vai me esperar E vai mesmo Larga que bata carona pra me tirar o sossego Gosto do maula que saia babando nos meus pelegos E a china eu gosto que chegue já me chamando de nego Nasci na costa do mato índio cruzado com branco Beiçudo que veiaqueia' eu faço pegar o tranco E a china eu levo na prosa Com dois, três beijos, eu amanso Deixa esse potro rinchando virar cambota Que eu debulho uma vaneira com a direita e com a canhota Rio Grande velho, Rio Grande marca gaúcha Esta morena do baile eu vou levar na garupa Domo essa dona e faço a cordeona chorar E o baile véio' vai até o dia clarear Domo essa dona e faço a cordeona chorar E uma morena diz que hoje vai me esperar Vai ser grande a coisa, compadre Domo essa dona e faço a cordeona chorar E o baile véio' vai até o dia clarear Domo essa dona e faço a cordeona chorar E uma morena diz que hoje vai me esperar Tá feito o negócio, compadre