A morte é uma potra xucra Que não se amansa no mais Um dia o vivente cai E vai pra dentro do chão Pouco importa se é patrão Capataz ou peão campeiro A morte não tem parceiro Nem faz grau de distinção Nem por isso tenho medo Vou quando chegar a hora Se me enredar nas esporas São os cavacos da lida Quando o rodeio da vida Enredar as esperanças Então só serei lembranças Porque me fui de partida Não sou de fazer lamúria Ficar chorando mazela Aos tombos, me livro dela Amadrinhado com a sorte Arreglando meus arreios Metendo bocal e freio Faço da vida um floreio Passando o mango na morte ♪ Canta comigo, nosso Cardeal Missioneiro! Deixa pra mim, companheiro! ♪ Por isso, meu companheiro Vou gambeteando a danada A trotezito na estrada Sem pensar na minha ida A morte não tem saída Vamos pelear e viver Educar e aprender Dando mais valor à vida Vou pilchando o meu destino De alegria e de prazer Pois de que adianta sofrer Pelas migalhas que herdamos? Se na morte não levamos Os nossos bens materiais Só vão junto os ideais E o amor que proporcionamos Não sou de fazer lamúria Ficar chorando mazela Aos tombos, me livro dela Amadrinhado com a sorte Arreglando os meus arreios Metendo bocal e freio Faço da vida um floreio Passando o mango na morte ♪ Não sou de fazer lamúria Ficar chorando mazela Aos tombos, me livro dela Amadrinhado com a sorte Arreglando meus arreios Metendo bocal e freio Faço da vida um floreio Passando o mango na morte