Quando a tarde se apaga e perde o brilho Enfreno o douradilho frente aberta E saio tilintando as nazarenas A paixão louca da morena me aperta A trotezito, sigo o lume das estrelas Reculutando saudades pela estrada Que o tempo se encarrega de trazê-las Nas longas horas vãs das madrugadas Ao trote, avanço rumo à boca da noite Ouvindo o som dos grilos e o açoite Do vento que reborca na invernada Me perco em pensamentos de achegos Pra encilhar, de sonhos e segredos O coração de uma china mal domada Me perco em pensamento de achegos Pra encilhar, de sonhos e segredos O coração de uma china mal domada ♪ Enquanto um raio de lua se debruça Por sobre as crinas soltas do meu flete A solidão do campo me rebusca Minha alma de campeiro se enternece Ao longe, ouço o toque de cordeona E a estrela do candeeiro se alumia Já vejo o retouçar das querendonas Num sarandeio até clarear o dia Ao trote, avanço rumo à boca da noite Ouvindo o som dos grilos e o açoite Do vento que reborca na invernada Me perco em pensamentos de achegos Pra encilhar, de sonhos e segredos O coração de uma china mal domada Me perco em pensamento de achegos Pra encilhar, de sonhos e segredos O coração de uma china mal domada