Um domingo pela tarde quando mais tranquilo estava Eu recebi um chamado pra uma grande gineteada O tal bagual gato mouro, bruto das venta rasgada Eram mais de cem ginetes que o gato tinha quebrado Eu topei o desafio para montar neste aporreado Te agarra, gato mouro Porque o bugre da Palmeira chegou com sangue nos olhos Bom dia, senhor João Fancio, como vancê' tem passado Eu saí lá do meu rancho às cinco da madrugada Pra chegar quanto mais cedo pra atender o seu chamdo Me mostre onde está o gato, o tal cuiudo aporreado Hoje ele vai conhecer este ginete afamado Esse gato mouro hoje tá conhecendo o ginete Domador do Rio Grande Cheguei pra perto do potro tremeu igual vara verde Bufando e batendo caso, tentando me botar medo Tu te agarra, gato mouro, que eu não vou te dar sossego Cada potro tem seu pulo e cada ginete um segredo Enquanto existir cavalo Eu ando gineteando pelo mundo a fora Saltei pra cima do gato, ele saiu corcoveando Naqueles campos tão lindos nós dois ia se pulsando Quanto mais tu veiaqueia, mais eu sigo te surrando Enquanto o mundo for mundo é minhas espora que te manda É hoje que o Rio Grande vai ficar pequeno pra nós dois Queixo roxo, caborteiro, esta é minha opinião Vou te fazer uma proposta, pois sou de bom coração Se resolver ficar manso, obedecendo este peão Vou te deixa lá na estancia pra o arreio do patrão Vou te deixa lá na estancia pra o arreio do patrão Agora já está manso o tal gato mouro