Faça o favor de esquecer O dissabor de tantos beijos sem paixão. Tantos excessos excederam o desprazer Dos destemperos insalubres dos teus nãos. Mas é que tudo convergia Aos desconfortos de perder. Já que você não quer mudar. Eu já não quero entender. Talvez a minha desventura foi querer Satisfazer sua insanidade anormal. A despeito dos ciúmes doentios Que esculpiam em minha mente todo mal. Coube ao tempo apagar Os sentimentos que eu te dei. E se tudo tem lugar, Eu já não sei. Já que o destino foi maior, do que eu. Pede pro tempo. Já que os ventos são contrários à nossa direção. Os seus prantos são o fervor de um triste coração. Te deixo a dor das cicatrizes, Pois o que foi já não é. Ninguém mandou você remar pro lado oposto da maré. Maré