Eu lembro bem, tu não estava lá Para ver o desabrochar das flores de Sakura Outras garotas, outras vivências Cicatriz aberta que nem esse tempo cura Vocês são bons comerciantes negociando almas Meus irmãos, meus ancestrais, correndo atrás de uma pseudo paz De quem são as mãos que matam os meus irmãos por questões raciais? São as mesmas mãos que dizem ter sofrido Que dominam potências mundiais Peço perdão pelo ócio no genuflexorio eu peço perdão Eles conseguiram o que tanto queriam Só restou ódio em meu coração Mal consigo calcular os meus passos Não peço quem entendam aquilo que eu faço Não considero o seu julgamento Tenho irmãos ao meu lado que fazem isso há tempos Sinto o frio gélido no rosto, cinza metrópole Sigo correndo contra o vento Não adianta apenas se afundar em lamúrias, em lamentos Prostituiram o livre arbítrio No vale das sombras eu pensei estar sozinho Roguei por Teresa, não obtive a rosa Só raiva aflora, fiquei com os espinhos Não. Eles não são seus amigos Não se importam contigo Não dão bons conselhos Já experimentou ficar sozinho, longe de tudo isso sendo você mesmo? Palavras, apenas palavras, malditas palavras "Eu mereço ser feliz" "Você é diferente" Eu não boto diferença em nada Uma alma machucada, doente de pecado é notório Ando como uma taça, se derrubar eu quebro, se pisar eu te corto Comemorem o velório de um melancólico Um jovem que morreu há anos Um jovem que morreu para este plano Eu não espero ser feliz neste mundo, não espero ser feliz nessa caminhada Eu não espero ser feliz, aliás, eu não espero nada