Acorde partideiro sem igual, nascia então, um samba do seu jeito Reluz feito candeia, imortal, o compositor, sambista perfeito Levada de tantan, banjo e repique, Poesia de um cacique, malandragem deu lição Inspiração de ventre ancestral, o dueto, A patente vem do fundo do quintal Na boêmia, no subúrbio, na viela... O seu nome é favela: madureira Dagô, dagô saravá, obá kaô O brado que traz justiça, faz a vida recompor Deixa, o fim da tristeza ainda há de chegar O show do artista vai continuar Morando nos sambas que você fez pra mim Imperiano sim! No verso que aflora Giram os sonhos da porta-bandeira O amor de orfeu melodia namora Serrinha é teu canto pra vida inteira Dagô, dagô é a lua de aruanda A espada é de guerra e ogum vence demanda Cercado de axé, semeia o bem, o povo a cantar lalaiá lalaiá laiá Receba a gratidão, reizinho desse chão, aqui é o teu lugar Uma porção de fé... o filho do verde esperança nos conduz Zambi da coroa imperial, abiaxé, arlindo cruz Firma na palma da mão, tem alujá e agogô Império de jorge, oxê de xangô Laroyê epa babá Há de roncar meu tambor O verso de arlindo, morada do amor